segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Walcyr Carrasco afirma: “O nível de intolerância na rede é espantoso”

Em sua coluna para a Revista Época, Walcyr Carrasco, autor de “Amor à Vida”, falou sobre a intolerância nas redes sociais e por parte doe colunistas em grandes sites. Apesar dos benefícios da internet, ele afirma que se tornou alvo de intolerantes ou de pessoas visivelmente mal-intencionadas e que boa parte da imprensa também se garante com informações jogadas na rede.
“Há pessoas que entram (no Twitter) não para criticar, mas para me xingar, simplesmente. “Idiota” ou “Tudo o que você escreve é uma porcaria” são xingamentos comuns [...] Há quem crie perfis falsos, entre, xingue e delete o fake. Já me falaram da existência de robôs programados para soltar frases contra uma pessoa, produto ou programa. Dizem que é uma estratégia da concorrência, mas não se pode afirmar. Outra estratégia é a contratação de pessoas, não diretamente ligadas a empresa, que ganham para detonar algum alvo”, disse.
“Tudo o que é dito ganha jeito de verdade na internet. Imagino que exista um grande número de pessoas mentalmente desequilibradas se divertindo em atacar pela internet. Depois de uma novela das 21 horas, me sinto calejado em relação às redes sociais. Podem me xingar, ameaçar. Bloqueio a pessoa, que certamente ressurgirá com um perfil falso, obcecada em me destruir”, prosseguiu Carrasco.
Ele ainda comentou sobre o boato de que teria viajado com um ator de sua novela: “Já me arrumaram amores, novas novelas, fofocas de todo tipo. Outro dia alguém declarou que eu havia passado o fim de semana em Angra, acompanhado. Mentira. Estava em São Paulo, quietinho no meu canto, terminando a novela. Recebi vários e-mails, virei comentário no país todo, e alguns jornais reproduziram a bobagem. Pes­soas próximas a mim se disseram magoadas, por não ter sido convidadas”, declarou.
“É mais terrível quando isso acontece com alguém mais frágil, não famoso, que de repente se torna alvo da intolerância de um grupo. Sinceramente, só sei amenizar a situação. Como se defender da maldade pura? Entre adolescentes, há casos piores, de bullying explícito. Aquilo que era íntimo se torna público [...] a internet se tornou um território selvagem, onde os frágeis não têm vez”, conclui.

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