O clima nos bastidores do jornalismo da Globo não está nada bom. A emissora iniciou algumas investigações para saber o que aconteceu em relação ao vazamento do piloto do novo “Fantástico”, que estreia no dia 27. Ela procura saber quem foi o responsável por divulgar as imagens e isso instaurou um clima de terror.
De acordo com o jornalista Daniel Castro, o medo começou no Fantástico e se espalhou por outras redações do Rio e até para afiliadas. No Rio, um chefe avisou seus subordinados que cabeças vão rolar. Até profissionais que não têm nada a ver com a história temem ser demitidos. Suas senhas podem ser encontradas nas investigações.
Na última sexta-feira, um vídeo de 45 minutos do novo Fantástico foi transmitido na internet por um grupo de jovens adoradores de televisão. Eles usaram um canal da plataforma Justin.TV, o AbsurdaTV, para uma transmissão, vista por cerca de 200 pessoas. O formato do novo programa era guardado a sete chaves há quase dois anos.
O vazamento deixou furiosos executivos da Globo, que exigem punições exemplares, para que isso não volte a acontecer. Na investigação, jornalistas e profissionais de tecnologia da informação têm sido chamados para “depor”. A investigação já foi apelidada de “CPI do vazamento do Fantástico”.
Segundo um dos integrantes do grupo que fez a transmissão na internet, o vídeo foi obtido de uma fonte que teve acesso a um ambiente de intranet da Globo para troca de vídeos entre programas e afiliadas. Na investigação, a Globo quer saber por que o piloto foi parar nessa espécie de intranet e quais senhas acessaram o material.
O piloto revela o novo formato do “Fantástico”, que passará a ser apresentado de uma redação-estúdio, que terá sofás, telões e um palco, onde poderão ser feitas projeções holográficas e gráficas e realizados pequenos shows e entrevistas com um “auditório” formado pelos jornalistas do programa.
O piloto também mostra os jornalistas do programa discutindo as reportagens em produção. Em nota no sábado (4), a Globo afirmou ter sido vítima de um “crime” de “furto de conteúdo protegido”.
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