segunda-feira, 29 de abril de 2013

Qual é sua meta, Record? Nunca será uma tv de primeira e nem de segunda


ticiane
Conquistar a liderança não depende somente da sua empresa, é necessário perdas por parte do concorrente. A Record já tentou ser o clone da Globo, perdeu. Tentou migrar para o mundo cão, atraindo Datena e Balanços da vida, também morreu. Hoje a vemos falando, novamente, na meta de alcançar o primeiro lugar, mas como? Imitar não adianta e derrubar a qualidade também não. Como pode pensar em primeiro lugar alugando sua grade para religiosos? Como pode se imaginar nas alturas, se quando analisamos seus apresentadores vemos Mion, Ana Hickmann, Brito Jr, Faro, Gugu? Todos bons, porém nunca chegaram ao primeiro lugar. E não irão. Não tem como. Falta pique para isso. Carisma, jeito, convidados, falta histórico.
Se Ana mudar seu jeito de apresentar, se destravando, quem convidará para dar vazão a toda esta melhora? A Globo pode colocar um Faustão da vida, basta chamar Juliana Paes para uma entrevista e a audiência sobe. A Record chamará quem? Rinaldi? Hoje em dia, nem ela. Não falta apenas apresentadores convincentes, falta estrutura, cast, grupo de artistas amados pelo povo. Isso a rede não tem. Portanto, mesmo com todo dinheiro do mundo, mesmo com grandes apresentadores ( se é que existe opção assim ), a Record tem apenas tecnologia, não tem o fator humano; este é justamente o elemento de trabalho do mundo global.  Se toda a tecnologia da Globo for jogada fora, mantendo-se apenas seu cast ela permanecerá no primeiro lugar. Não é a máquina, é a pessoa que faz a diferença. Contratar alguns com balaios de dinheiro não mudará a situação.
Outro fator é o boca à boca. No dia seguinte, quando as pessoas chegam no colégio ou trabalho o comentário geral é sobre algo visto no mundo global. Se não é a novela, falam sobre o JN, se não isso, estão falando sobre uma entrevista do Jô. Isto diminui o poder de influência das outras redes, afastando da sociedade aqueles que viram a programação de outros canais. Se afasta a pessoa da conversa, logo ela migrará para quem manda no pedaço. É questão de tempo e vontade de falar em sua comunidade. É básico.
No outro lado, o do artista, também ocorre a mesma coisa. Trabalhar servindo cafezinho em novela global trás mais fama que ser o principal nome das novelas de outras redes. Sendo assim, ele sonhará com a dona do Ibope ( ops ). Seu grande desejo será colocar sua cara na telinha da platinada. São elementos assim, a estrutura talentosa de artistas e técnicos, o boca à boca das conversas cotidianas e o sonho do artistas que fazem a Globo estar onde está.  Precisa, então, fazer seu trabalho bem feito, mirar sua ação no público e não no concorrente. Tirar Pica-Pau, horário religioso, novelas sem atrativos são elementos básicos e, convenhamos, torcer, muito para ver o concorrente implodir.

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